As Usinas ou Parques Eólicos são conjuntos de centenas de aerogeradores individuais ligados a uma rede de transmissão de energia elétrica.
Em 1992, no arquipélago de Fernando de Noronha, entrou em operação o primeiro aerogerador instalado no Brasil, resultado de uma parceria entre o Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE) e a Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), com financiamento do instituto de pesquisas dinamarquês Folkecenter. Durante os dez anos seguintes, a energia eólica pouco cresceu, em parte pela falta de políticas, mas principalmente pelo alto custo da tecnologia.
Durante a crise energética de 2001, houve a tentativa de incentivar a contratação de empreendimentos de geração de energia eólica no país. Criou-se então, o Programa Emergencial de Energia Eólica (PROEÓLICA). Esse programa tinha como objetivo a contratação de 1.050 MW de projetos de energia eólica até dezembro de 2003. Já se falava, então, da complementaridade sazonal do regime de ventos com os fluxos hidrológicos nos reservatórios hidrelétricos. Esse programa, no entanto, não obteve resultados e foi substituído pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, o PROINFA. Além de incentivar o desenvolvimento das fontes renováveis na matriz energética, o PROINFA abriu caminho para a fixação da indústria de componentes e turbinas eólicas no Brasil com exigências de conteúdo nacional para os aerogeradores fruto desse programa.
No nascimento do PROINFA, a tecnologia de geração de energia eólica ainda era muito cara e o desenvolvimento em leilões competitivos só viria mais tarde. No final de 2009, ocorreu o primeiro leilão de comercialização de energia voltado exclusivamente para a fonte eólica. Este leilão, denominado Leilão de Energia de Reserva (LER), foi um sucesso com a contratação de 1,8 GW e abriu portas para novos leilões que ocorreram nos anos seguintes. O 2º LER ocorreu em dezembro de 2009 e contratou usinas eólicas com início do suprimento em 2012 e cujo prazo dos contratos era de 20 anos.
Na curva de desenvolvimento e instalação da fonte eólica ao longo dos anos, é possível visualizar a trajetória supracitada e como a fonte eólica começa seu efetivo crescimento a partir do leilão ocorrido em 2009, sendo que as instalações começaram a se intensificar a partir de 2011. Esse gráfico denominado “Evolução da Capacidade Instalada” é encontrado no InfoVento, o infográfico da ABEEólica que reúne as principais informações atualizadas do setor.